Suponho que o autismo, a hipnose e certos tipos de genialidade grandemente setorizadas são, na verdade, expressão de uma mesma matriz psicodinâmica: a maciça concentração de atenção - em termos metapsicológicos, de "investimento" (Bezetsung) - em determinada área do campo cognitivo. Aliás, sou tentado a imaginar tanto o citado tipo de genialidade quanto o autismo como defesas contra a dissociação esquizofrênica, na exata medida em que o fortíssimo vínculo com um determinado tipo de dados impede uma dissociação generalizada da psiquê.
Lamentavelmente, em minha prática profissional, não tenho acesso aos dados empíricos - não trabalho com hipnose nem com autismo e os gênios andam escassos - que poderiam comprovar tais hipótese.
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