terça-feira

RESPOSTAS AO ORKUT II: A "POBREZA" LACANIANA

Quando fiz críticas à “técnica” de Lacan, alguém me respondeu dizendo que esse autor era "complexamente simples". Tenho uma réplica a fazer. Primeiro, Lacan não é "simples", ele é "pobre". O que disse de peso - e de forma enrolada - não é original e o que disse de original é estúpido (vide sua analogia entre "pênis ereto" e "raiz quadrada de menos um"). Além disso, ele e seus seguidores tentam esconder essa pobreza intelectual sendo claramente obscuros, precisamente vagos e rigorosamente frouxos. Compreende-se que fiquem absolutamente indignados com “As Imposturas Intelectuais” de Bricmont e Sokal. A propósito, depois de Voltaire, os franceses só têm sido competentes – não que isso seja desprezível, mas não se devem confundir competências – em produzir moda, vinhos, culinária e perfumaria, não em produzir idéias. Sartre até pensou que era capaz de fazer isso – e alguns acreditaram! – mas foi darwinianamente eliminado do panorama filosófico da mesma forma que certamente serão Jacques Lacan e outros perfumistas como Gilles Deleuze, Félix Guattari, Julia Kristeva, Bruno Latour et caterva. P.S.: Depois que publiquei esta postagem, alguém me deu um "puxão de orelhas", me lembrando de pensadores franceses do quilate de um Alexis de Tocqueville e de Raymond Aron. Mereci e peço desculpas: houve franceses que pensaram depois de Voltaire. Mas que o "clima" geral é mais para a perfumaria, lá isso é (a respeito, vale compulsar "La Philosofie chez les Autofages", de Jacques Bouveresse - Paris: Les Editions de Minuit, 1984).

Nenhum comentário: